UMIRI: planta empregada na medicina caseira em várias regiões do país como balsâmica e expectorante.

 

Nome científico: Humiria balsamifera (Aubl.) A. St.-Hil.

Sinonímias: Humiria floriunda (Mart.) Urb., Houmiri balsamifera Aubl.

Família: Humiriaceae

Nomes populares: umiri, umiri-de-cheiro, umiri-do-pará, umirizeiro, muréua

Origem: Nativa do Brasil

Descrição botânica: árvore perenifólia, de copa ampla, de até 25 m de altura na mata de terra firme da Amazônia e arbusto grande ou arvoreta de 3 a 5 m nas restingas do litoral da Bahia e nas campinaranas de areia branca da Amazônia. Folhas simples, cartáceas ou coriáceas, totalmente glabras em ambas as faces, com a face inferior mais clara, de 6 a 15 cm de comprimento. Inflorescências cimoso-paniculadas terminais, com flores perfumadas de cor branca. Os frutos são drupas elipsóides, de cor vinácea, de tamanho muito variável conforme a variedade botânica, com polpa carnosa e adocicada.  

Parte da planta para uso: casca, seiva,

Constituintes químicos: Na composição química da casca foi encontrado a presença de bergenina na concentração de cerca de 3%, e alguns derivados de uma isocumarina.

Formas de uso: A planta é empregada na medicina caseira em várias regiões do país. Sua casca é aromática. A seiva que exsuda da casca por incisão adquire consistência viscosa em contato com o ar e é denominada de “bálsamo-de-umiri”. Algumas tribos da Amazônia ocidental transformam sua casca em pó e pulverizam-na repetidamente sobre cortes e ferimentos para acelerar sua cicatrização. O decocto da casca é usado para sarar feridas crônicas (. Nas Guianas, o decocto de sua casca é empregado contra dor-de-dente, e sua infusão contra a disenteria amebiana.

Indicações: é indicada como anti-helmíntica, balsâmica e expectorante. sendo considerada substituto ao bálsamo-do-peru ou bálsamo-de-tolu extraído de Myroxylum peniiferum.

Observações: É uma planta nativa também em todo o litoral Norte e Nordeste, estendendo-se até o Rio de Janeiro.  

Referências bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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