CANELA-SASSAFRÁS: árvore da mata atlântica cujo óleo essencial é muito empregado no preparo de medicamentos

 

Nome científico: Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer.

Sinonímias: Ocotea pretiosa (Ness) Mez, Mespilodaphne pretiosa Ness. Mespilodaphne indecora var. intermedia Meisn., Laurus odorifera Vell., Aydendron suaveolens Nees.

Família: Lauraceae

Nomes populares: canela-cheirosa, canela-de-sassafraz, canela-funcho, canela-parda, canela-sassafraz, casca- cheirosa, louro-cheiroso, sassafrás, sassafrás-amarelo, sassafrás-preto, sassafrás-rajado, sassafra-zinho.

Origem: nativa da Bahia até o Rio Grande do Sul na mata Atlântica.

Descrição botânica: árvore perenifólia, de 8-20 m de altura, aromática, de copa globosa e densa com aspecto de guarda-chuva, com tronco tortuoso e canelado de 40-70 cm de diâmetro. Possui folhas brilhantes, coriáceas, de 7-14 cm de comprimento. Inflorescências paniculadas terminais, formadas por flores pequenas, hermafroditas, perfumadas, de cor branco- amarelada. Os frutos são drupas elípticas lisas, de cerca de 2,5 cm de comprimento, com uma fina polpa carnosa que por sua vez é envolvida até quase o meio pelo receptáculo camoso, contendo uma única semente de igual formato.

Parte da planta para uso: flores e casca.

Constituintes químicos: Na composição do óleo essencial destaca-se o safrol com um teor de 84% e quantidades menores de propenil e alilbenzenos.  O teor de safrol no óleo essencial é variável para cada região, podendo chegar a 1% quando destilado de plantas que crescem no Planalto Catarinense.

Formas de uso: Nas práticas caseiras da medicina tradicional, suas flores e casca são muito empregadas para o tratamento de várias moléstias, principalmente como sudorifica, depurativa do sangue, diurética e antirreumática. Todas as partes desta planta apresentam odor forte de óleo essencial quando amassadas.

Indicações: O óleo é muito empregado no preparo de medicamentos com propriedades sudoríficas, antirreumáticas, antissifilíticas, diuréticas e como repelente de mosquitos.

Observações: Todas as partes desta planta, inclusive a madeira, são empregadas para extração do óleo essencial mediante destilação.

Referências bibliográficas

Hickey. M.J. 1948. Investigation of the chemical constituents of Brazilian sassafrás oil. J. Org. Chemistry 13: 443-446.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Lorenzi, H. 1992. Arvores Brasileiras - vol. 01. Instituto Plantaram, Nova Odessa - SP. 384 pp.

Machado, R.D. 1945. Algumas considerações sobre o óleo de sassafrás. Bol. Divulgação Instituto Nacional de Óleos (3): 21-30.

Mors, W.B., C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publicatíons, Inc. Algonac, Michigan.

Rizzini, C.T. & W.B. Mors. 1976. Botânica Econômica Brasileira. Editora da USP, São Paulo.

Teixeira. M.L. & L.M. de Barros. 1992. Avaliação do teor de óleo essencial da canela-sassafrás (Ocotea pretiosa (Nees) Mez, na região do sul do estado de Minas Gerais. In: Congresso Nacional sobre Essências Nativas, 2. São Paulo. Anais.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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