Nome
científico: Desmodium adscendens (Sw.) DC.
Sinonímias: Desmodium
adscendens var. caeruleum (Lindl.) DC., Desmodium oxalidifolium H. Lev.,
Desmodium coeruleum (Lindl.) G. Don, Desmodium glaitceseens Miq., Hedysarum
adscendens Sw., Hedysarum adscendens var. caeruleum Lindl., Meibomia adscendens
(Sw.) Kuntze, Meibomia griffithiana (Benth.) Kuntze.
Família: Leguminosae-Papilionoideae
(Fabaceae)
Nomes
populares: amor-seco, amor-do-campo, carrapicho, pega-pega,
carrapicho-beiço-de-boi, amor-agarrado, marmelada-de-cavalo, amorico.
Origem: É
nativa de quase todo Brasil.
Descrição
botânica: pequena erva rasteira, perene, estolonífera, com ramos
de até 50 cm de comprimento. Flores pequenas de coloração rosada, reunidas em
pequenas panículas terminais. Frutos pequenos do tipo vagens, que se aderem
facilmente à roupa e aos pelos de transeuntes.
Parte
da planta para uso: Folhas e raízes.
Constituintes
químicos: Foram identificados na sua composição, os flavonoides:
Vitexina; Vitexin 2” -O-xyloside;
Isovitexin (C-6 isomer);
Desmodin (Isovitexin 2”-O-xyloside).
Contém também o D-Pinitol.
Formas
de uso: o cozimento (decocto) de suas raízes secas é um remédio
popular para tratamento da malária, usado também como contraceptivo por algumas
tribos indígenas. Na medicina tradicional do Peru, o chá de suas folhas é
empregado como purificador do sangue, desintoxicante do corpo, limpador das
vias urinárias, para problemas de inflamação e irritação de ovário, corrimento
vaginal e hemorragias . Nas práticas caseiras da medicina popular, no
Brasil, suas folhas secas são empregadas no tratamento da leucorreia,
blenorragia, dores do corpo e diarreia. Em Ghana, na África, suas folhas são
utilizadas com tanto sucesso no tratamento da asma que foram feitas algumas
observações clínicas com o chá preparado com o pó das folhas, tendo observado
que a administração de 1 a 2 colheres desta preparação promoveu uma melhoria
significativa na maioria dos pacientes tratados
Indicações: antiasmática,
anti-histamínica, anti-inflamatória, antianafilática, antiespas-módica,
depurativa, broncodilatadora, diurética, laxativa e vulnerária.
Observações: seu
uso na medicina tradicional é bastante popular em toda a América do Sul e parte
da África. O seu emprego medicinal iniciou-se com populações indígenas da
Amazônia, que utilizam sua infusão para o tratamento do nervosismo e, na forma
de banho, para tratamento de infecções vaginais.
Referências
bibliográficas
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M. et al. 1992. Survey of Medicinal Plants Used as
Antimalarials in the Amazon. J. Ethnopharmacol. 36(2): 175-182.
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HORTO
DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ >
Acesso em 20/06/2023
Lorenzi,
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