MORINDINA: é um glicosídeo antraquinona encontrado na Morinda citrifolia (noni)

 

Morinda citrifolia (noni)

A morindina é um glicosídeo antraquinona presente em várias espécies de Morinda, especialmente na Morinda tinctoria (amoreira indiana) e Morinda citrifolia (noni).  A estrutura e a fórmula da morindina foram determinadas pela primeira vez por Thomas Edward Thorpe e TH Greenall em 1887.A morindina é extraída na natureza, em particular, da casca da raiz da Morinda tinctoria e da Morinda citrifolia, do ponto de vista físico, a morindina é uma substância cristalina amarela. 

Morindina

Sinônimo(s): Morindona 3-O-β-primeverosídeo

Fórmula química: C26H28O14 

Morindina

As raízes de várias espécies de Morinda, particularmente M. citrifdia e M. tinctoria, são extensivamente empregadas em várias partes da Índia, com o nome comercial de Xurmji, é utilizado como corante, mais especialmente para tingir na cor vermelha, roxa e chocolate. Estas plantas estão presentes em quase todas as províncias da Índia, seja selvagem, como nas selvas de Bengala, ou cultivadas em pequenas manchas em plantações de noz-de-areca, ou perto das propriedades dos tintureiros. Pesquisas recentes demonstraram que a casca do caule contém alizarina-1- Éter metílico, rubiadina e D-manitol, Antragalol-2, 3-di-metil éter, soranjidiol e a ibericin foi obtida da casca da raiz, além o 6-primeveroside e da morindona. O glicosídeo de morindona isolado do extrato etanólico da casca da raiz tem se mostrado através da evidência química e espectral ser o 6-primeveroside da morindona. A morindona é usada para tingir algodão, seda e lã em tons de vermelho, chocolate ou roxo. A matéria corante é encontrada principalmente na casca da raiz e é coletado quando as plantas atingem três a quatro anos de idade. Noni é o nome havaiano para o fruto da Morinda citrifolia L. (Rubiaceae), o noni é nativo do sudeste da Ásia até a Austrália e é cultivado na Polinésia, Índia, Caribe, América Central e norte da América do Sul. Os polinésios usam a planta para fins alimentares e medicinais há mais de 2.000 anos. Na farmacopeia tradicional, afirma-se que a fruta previne e cura várias doenças. É usado principalmente para estimular o sistema imunológico e, assim, combater infecções bacterianas, virais, parasitárias e fúngicas; também é usado para prevenir a formação e proliferação de tumores, incluindo os malignos. O suco de Noni também é reivindicado para aliviar a inflamação. A maioria do noni é consumida como suco, embora folhas, flores, cascas e raízes também possam ser usados. 

Referências Bibliográficas

Chan-Blanco, Y., Vaillant, F., Perez, A. M., Reynes, M., Brillouet, J. M., & Brat, P. (2006). The noni fruit (Morinda citrifolia L.): A review of agricultural research, nutritional and therapeutic properties. Journal of food composition and analysis, 19(6-7), 645-654.

Fitria, L., Widyananda, M. H., & Sakti, S. P. (2019). Analysis of allopurinol, cucurbitacin b, morindine, and piperine as xanthine oxidase inhibitor by molecular docking. Journal of Smart Bioprospecting and Technology, 1(1), 6-11.

Surender Reddy, G., Purushotham Rao, A., & Rao, P. S. (1978). Preliminary observations of the toxicity of morindin, a glycoside to cockroaches and house flies. Journal of food science and technology.

Perkin, A. G. (1908). Note on morindin. In Proc. Chem. Soc (Vol. 24, p. 149).

Simonsen, J. L. (1918). LXVI.—Morindone. Journal of the Chemical Society, Transactions, 113, 766-774.

Thorpe, T. E., & Greenall, T. H. (1887). VI.—On morindin and morindon. Journal of the Chemical Society, Transactions, 51, 52-58.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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