Nome
científico: Chelidonium majus L.
Sinonímias: Chelidonium
grandiflorum DC. Chelidonium majus var. grandiflorum DC.
Família: Papaveraceae
Nomes
populares: celidônia, quelidônia, erva-das-verrugas,
erva-dos-calos, figatil. grande-quelidônia. Figol, celidônia-maior,
erva-andorinha, papoula-das-andorinhas.
Origem:
é nativa da Europa e Ásia.
Descrição
botânica: herbácea perene, ereta, rizomatosa, muito ramificada,
com látex amarelo-alaranjado, de 40 a 70 cm de altura. Folhas compostas
pinadas, alternas, com cinco folíolos irregulares completamente desprovidos de pelos,
que têm cor bem mais clara na face inferior. Flores amarelas, dispostas em
racemos terminais curtos. Frutos do tipo cápsula alongada, deiscentes, de cor
verde, com várias sementes pequenas. Multiplica-se por sementes e rizomas.
Parte
da planta para uso: folhas, ramo, raiz, flor, látex.
Constituintes
químicos: ácidos: quelidônico, málico, cítrico, tartárico e
succínico, alcalóides isoquinoleínicos, albuminas, alocriptonina, berberina,
captisima, carotenos, celidoxantina, colina, coptisina, esparteína,
flavonóides, histamina, magnoflorina, mucilagem, óleo essencial, protopina,
quelamina, queleritrina, quelidonina, quelidoniol, quelidoxantina, resinas,
sanguinarina, saponinas, tiramina, vitamina C.
Formas
de uso: Como regularizador e normalizador da taxa de colesterol
do sangue é recomendado seu uso na forma de extrato alcoólico, preparado com
três colheres das de sopa da planta inteira (fresca ou seca) maceradas em uma
xícara (chá) de álcool de cereais a 70% durante uma semana, tomando-se uma
colher das de café diluída em um pouco de água, 30 minutos antes das principais
refeições. O látex alaranjado e fresco, obtido através de ferimentos feitos em
suas folhas e ramos, é tido como útil para eliminar verrugas e calos em
aplicação localizada.
Indicações: acne,
ansiedade, artrite, asma brônquica, aumentar produção de urina, bronquite,
cãibras no estômago, cálculos biliares, calos, calosidades; câncer de pele,
catarata, chagas ulceradas, congestão hepática, doenças da pele; dores
reumática, intestinais, vesiculares e de cabeça; eczemas, enxaqueca, hepatite,
icterícia (raiz), impigem (dermatoses), feridas supuradas, gota, hepatite,
hidropsia, hipertensão arterial; inflamação nos olhos e vesícula biliar; inibir
choques anafiláticos, males da pele, manchas de pele, oftalmias, problemas
hepáticos, psoríase, relaxar espasmos musculares (inclusive broncoespasmos);
úlceras escrofulosas, escorbúticas e de feridas velhas; verrugas (látex).
Observações: A
ingestão de uma dose excessiva causa sono, irritação da pele, tosse irritante e
dificuldade de respiração e pode até levar ao coma e à morte. Não deve ser
administrada para mulheres grávidas. No caso de ingestão acidental, é
necessária uma lavagem estomacal.
Referências
bibliográficas
Corrêa,
A.D., R. Siqueira-Batista & L.E.M. Quintas.
1998. Plantas Medicinais — do cultivo à terapêutica — 2a. Edição. Editora
Vozes. Petrópolis.
Lorenzi,
H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Panizza,
S.
1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato) – 3ª edição. IBRASA, São Paulo. 280
pp.