FUMÁRIA: planta nativa da Europa utilizada na medicina popular como diurética e depurativa

 

Nome científico: Fumaria officinalis L.

Sinonímias: Fumaria angustifolia Gilib. , Fumaria capreolata subsp. média (Loisel.) Ball, 1877, Fumaria diffusa Arn. , Fumaria diffusa Arn. ex Parl. ,Fumaria muralis Gren. & Godr. ,Fumaria officinalis f. officinalis ,Fumaria officinalis subsp. media (Loisel.) Corb., 1894 ,Fumaria officinalis subsp. tenuiflora (Fr.) Neuman, 1901, fumaria officinalis var. media (Loisel.) Cout., 1892, Fumaria petteri V.Ten.

Família: Papaveraceae (Fumariaceae)

Nomes populares:  fumária, fel-da-terra, moleirinha, molarinha, erva-moleirinha, erva-molarinha, fumo-da-terra, capenóide, sangue-de-cristo

Origem: nativa de áreas montanhosas da Europa.  

Descrição botânica: herbácea delicada, anual, pouco ramificada, subereta ou prostrada, de aroma de fumo, com ramos de pouco mais de 30 cm de comprimento. Folhas compostas pinadas, com 3-5 folíolos membranáceos, de margens profundamente partidas, de cor verde-acinzentada, de menos de 0,5 cm de comprimento. Flores purpúreas ou róseas, pequenas, tubulosas, dispostas em racemos axilares frouxos. Os frutos são pequenas cápsulas deiscentes, contendo minúsculas sementes  

Parte da planta para uso: toda a parte aérea da planta em floração. 

Constituintes químicos:  fumarina e outros alcaloides, do ácido fumárico e taninos, protopina, alocriptopina e sanguinarina, quercetina, kaempferol, ácido málico e ácido cítrico.

Formas de uso: Como diurética e depurativa, é recomendada a ingestão de 2 xícaras das médias por dia de sua infusão, preparada adicionando-se 200 ml de água fervente em um recipiente contendo 20 gramas de inflorescências picadas. Em uso tópico, isto é, externamente, é empregada como detergente para limpeza dos olhos no caso de conjuntivite e para limpeza dermatológica no tratamento de eczema, dermatite e outras afeccões da pele

Indicações: antiescorbútica, aperitiva, depurativa e antiácida, sendo indicada contra cólicas da vesícula e distúrbios digestivos de origem hepática. Conjuntivite e para limpeza dermatológica no tratamento de eczema, dermatite e outras afecções da pele.

Observações: É tóxico em altas doses ou por uso prolongado, podendo causar tontura e sono como sintomas da intoxicação.

Referências bibliográficas

Alzugaray, D. & C. Alzugaray. 1996. Plantas que curam. Editora Três, São Paulo. 2 Volumes.

Bown, D. 1995. The Herb Society of América Encyclopedia of Herbs & Their Uses. Dorling Kindersley Publishing Inc. New York. 424 pp.

Corrêa, A.D., R. Siqueira-Batista & L.E.M. Quintas. 1998. Plantas Medicinais — do cultivo à terapêutica — 2a Edição. Editora Vozes. Petrópolis. 246 pp.

Lorenzi, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3a edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa - SP. 640 pp.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem