Nome
científico: Piper aduncum L.
Sinonímias: Artanthe
adunca (L.) Miq., Artanthe celtidifolia (Kunth) Miq., Artanthe elongata (Vahl)
Miq., Artanthe galleoli Miq., Piper aduncifolium Trel., Piper anguillaespicum Trel.,
Piper angustifolium Lam., Piper angustifolium Ruiz & Pav., Piper
cellidifolium Kunth, Piper disparispicum Trel., Piper elongatifolium Trel., Piper
elongatum Vahl, Piper fatoanum C. DC., Piper flavescens (C. DC.) Trel., Piper
intersitum Trel., Piper kuntzei C. DC., Piper submolle Trel., Steffensia adunca
(L.) Kunth, Steffensia elongata (Vahl) Kunth.
Família: Piperaceae
Nomes
populares: aduncum, aperta-ruão, aperta-joão, matico-falso,
jaborandi-falso, falso-jaborandi, jaborandi-do-mato, pimenta-do-fruto-ganchoso,
caá-peba, nhandi, cheirosa.
Origem: nativa
do sudeste do Brasil.
Descrição
botânica: arbusto ereto, ramificado, perenifólio, de hastes
articuladas e nodosas, de 2-4 m de altura, folhas simples, inteiras, cartáceas,
opacas em ambas as faces, com a inferior finamente pubescente, de 10-17 cm de
comprimento. Flores pequenas e discretas, reunidas em espigas alongadas,
densas, densas e curvas, de 7-14 cm de comprimento.
Parte
da planta para uso: folhas, raízes e frutos
Constituintes
químicos: Piperazina, óleo essencial, tanino, matérias
mucilaginosas, resinosas, anethole, C-glicosilflavonas, propiofenonas,
derivados do ácido benzoico, ácido cinâmico (piperlongumina), e um alcaloide
dimérico muito raro na natureza.
Formas
de uso: Usa-se na forma de chá (infuso) ou maceração alcoólica,
de folhas, frutos, casca ou raízes (mas que é popularmente considerada tóxica),
como tônico, carminativo, antiespasmódico, blenorragia, afecções do fígado,
vesícula e baço.
Indicações: Adstringente,
Afecções catarrais, Afrodisíaco, Antiblenorrágico, Antídoto do curare,
Antigonorreica, Antissifilítco, Aperiente, Aromático, Ativa a circulação,
Balsâmico, Blenorragia, Chagas sanguinolentas, Clorose, Desobstruente do fígado
e do baço, Diarreias, Disenterias, Eczema, Excitante, Hemorragias, Hemostático,
Leucorreia, Odontálgico, Substitui a cubeba, Vulnerária.
Observações: As
raízes apesar da crença popular considerá-la antiofídica, é tóxica, portanto,
deve-se evitar seu uso.
Referências
bibliográficas
Lorezi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Lorenzi,
H.
2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3a
edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa - SP. 640 pp.
Mors,
W.B.; C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of
Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan.
Van
den Berg, M.E. 1993. Plantas Medicinais na Amazônia -
Contribuição ao seu conhecimento sistemático. Museo Paraense Emílio Goeldi,
Belém. 206 pp.